12 de junho de 2017

AGENTE PENITENCIÁRIO É INVESTIGADO POR FACILITAR FUGA DE DETENTO

Consta em documento oficial que o servidor entregou as chaves para o detento, que, na fuga, foi baleado pela PM

O agente penitenciário Evandro Henrique de Souza é investigado pela Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública e Sistema Penitenciário (CGD) por supostamente facilitar a fuga de um detento da Cadeia Pública de Crateús, no dia 30 de outubro de 2016. A abertura do processo foi publicada no Diário Oficial do Estado (DOE) da última sexta-feira (9). 
Segundo consta na publicação oficial, Evandro teria entregue as chaves da celas onde o detento estava recluso. O fato teria sido denunciado por um sargento da PM identificado por Fábio Soares que também estava fazendo a vigilância do local. Ele teria presenciado o agente penitenciário conversando com alguém antes da fuga. 
É relatado ainda no Diário Oficial que não houve arrombamento das grades, o que reforça os indícios de facilitação por parte do agente. Além disso, as chaves não foram encontradas no local de costume. Em sua defesa, Evandro Henrique afirmou que entregou as chaves ao detentos para que o mesmo abrisse as celas para o banho de sol dos demais presos, recebendo os objetos logo depois.
“O AGP [agente penitenciário] Evandro afirmou que, após observar os presos entrarem e trancarem o portão de acesso às celas, também entregou as chaves ao interno conhecido por “Mafan” para que este abrisse as celas do pavilhão do seguro para o banho de sol”, diz o texto do DOE.

Contato

Duas horas antes da fuga, consta que outro preso teria entrado em contato com a esposa dele “no qual solicitava que ela fosse buscá-lo, pois tinha surgido uma oportunidade para fugir”. O contato foi confessado pela própria esposa na Delegacia. 
Apesar de ter conseguido deixar as celas, o preso foi baleado nas pernas fora da prisão pelo mesmo sargento que observou a suposta conversa do agente com o detento.
Para apurar a denúncia, a CGD instaurou uma comissão formada por delegados e um escrivão.

Fonte: DN

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